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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Dionysio e Seu Quinteto – Romance no Texas Bar (Companhia Internacional de Discos – 1959).


Dionysio2

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Link reativado em 03/04/15

     Mais uma vez o Blog Cultura Cabesound abre espaço para a música instrumental. Dessa vez, apresento aquí o ótimo LP ROMANCE NO TEXAS BAR, do saxofonista Dionysio de Oliveira Filho.

     O que vou apresentar aquí é uma adaptação do texto original da contra-capa do próprio disco, que mostra uma breve biografia do músico, infelizmente a única que encontrei até agora:
     Paulista de Botucatú, Dionysio iniciou sua carreira de instrumentista tocando bateria e logo após deu preferência ao saxofone e à clarineta. Em 1936 se mudou para a capital paulista, conseguindo emprego de músico das rádios Record e Difusora e também foi integrante da orquestra de Luiz Argento. Apresentou-se também nas orquestras do Cassino do Guarujá e na Orquestra do trumpetista Paiolete.
     Em 1939 se transferiu para o Rio de Janeiro. Como sax-alto, integrou as orquestras de Romeu Silva e Zaccarias, sendo que com este último realizou algumas gravações. Integrou também os quadros de músicos das rádios Tupi e Mundial. Mais tarde, fez parte também dos quadros de músicos da extinta TV TUPI.



      Agora, vou aquí me manifestar em tom de desabafo:
     O Brasil sempre foi um país pródigo e maravilhoso em se tratando de talentos musicais das mais variadas vertentes, mas infelizmente alguns talentos verdadeiros com o passar do tempo são relegados ao esquecimento e são desvalorizados por aqueles que simplesmente se deixam levar por modismos passageiros. Waldir Calmon por exemplo, se não fosse o belíssimo trabalho biográfico e de Web Designer de sua filha Marcia Calmon (vide site http://waldircalmon.com/, um dos meus favoritos) seria relegado à lembrança apenas daqueles que durante os anos de carreira do músico se tornaram fãs fiéis. Dionysio é um exemplo desse tipo de “síndrome do esquecimento”: Um músico talentosíssimo que não tem sequer uma biografia pela Web a fora, não encontrei nada sobre ele nem no Dicionário Cravo Albin, um dos mais conceituados. Tenho de ser sincero: Se faltou aquí um texto mais abrangente sobre Dionysio, com data de nascimento e etc, foi por falta de fontes de pesquisa. Portanto, quem souber de algo mais sobre esse maravilhoso músico tem o espaço dos comentários do Blog aberto ou o e-mail (cabesound2008@hotmail.com) para a possível colaboração.
     O disco é maravilhoso do início ao fim, com um repertório de muito bom gosto, inclusive a  composição própria chamada “Cem por cento” escolhida para abrir o disco é bem agradável aos ouvidos. O quinteto de Dionysio faz seu trabalho de acompanhamento magistralmente. Desse quinteto saíram músicos que mais tarde se tornariam célebres, como por exemplo o baterista Edison Machado e o violonista Baden Powell, considerado até hoje um dos maiores músicos e compositores do mundo, autor de verdadeiros clássicos da MPB. Mas, é Dionysio o dono da “festa” aquí.
     Esse é mais um presente que o Blog Cultura Cabesound preparou para você, que sempre me dá a alegria de seu prestígio!!!

Músicas:
Lado 1:
01-  Cem por cento (Dionysio de Oliveira)
02- Nêga (Waldemar Gomes – Afonso Teixeira)
03- Se todos fossem iguais a você (Antonio Carlos Jobim – Vinicius de Moraes)
04- Que murmuren (Rubens Fuentes – Rafael Cárdenas)
05- I love Paris (Cole Porter)
06- Falam meus olhos (Fernando Cesar – Nazareno de Brito)

Lado 2:
01- It’s not for me to say (Robert Altlen – All Stillman)
02- Mocinho bonito (Billy Blanco)
03- O apito no samba (Luiz Bandeira)
04- Cha-cha-cha no Texas (Arthur Montenegro)
05- Tequila (Chuck Rio)
06- Saudade da Bahia (Dorival Caymmi)

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