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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Ronnie Von nº 3 (CBD/Polydor – 1967).

Ronnie Von P
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Link reativado em 28/03/2015

     Ronnie Von, nas várias entrevistas que deu ao longo da carreira, sempre mostrou que entre todos os discos que ele lançou, esse RONNIE VON Nº 3 tem um lugar especial na sua preferência, devido a diversidade nos arranjos e a indicação de mudanças de rumo em seu estilo musical, mostradas definitivamente no disco lançado no ano seguinte: o hoje aclamado Ronnie Von (1968), disco de Psichodelic Rock, como o próprio Ronnie define e que o fez tornar CULT entre os amantes da música feita no mundo no final dos anos 60.
     Para começar a deixar de lado aquela imagem de “Pequeno Príncipe” e de ídolo da Jovem Guarda, que só cantava músicas “melosas” e que o fez de uma forma meteórica uma ameaça até para o reinado do então idolo maior da juventude brasileira (Roberto Carlos), Ronnie procurou nos futuros ícones do movimento musical que se chamaria TROPICÁLIA a mudança de rumos musicais que ele tanto queria. Em seu programa de TV intitulado O PEQUENO MUNDO DE RONNIE VON (TV Record) ele já contava com os acompanhamentos musicais do trio Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sérgio Dias Baptista, que o próprio Ronnie ajudou a batizar com o nome de OS MUTANTES e passou a ser mais visto na companhia de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Rogerio Duprat, entre outros futuros tropicalistas, do que com seus antigos colegas de Jovem Guarda. E foi Rogerio Duprat o responsável pelos arranjos musicais e a produção deste RONNIE VON Nº3, primeiro disco de capa dura dupla da companhia (denominado álbum especial, com pomposo código AL – 01), que teve acompanhamento musical em algumas faixas dividido entre o próprio Os Mutantes e o grupo argentino Beat Boys, grupo que acompanhou Caetano Veloso na apresentação de “Alegria Alegria” no III Festival de Música Popular Brasileira e que também acompanhou Gal Costa em “Divino Maravilhoso” no festival seguinte.
     O disco abre com UMA DUZIA DE ROSAS, do mesmo Carlos Imperial do mega sucesso A PRAÇA, que Ronnie apresentou junto com outra canção contida nesse disco no festival de 1967: BELINHA. Segue com a participação especial de Os Mutantes na faixa O HOMEM DA BICICLETA. O próprio Caetano Veloso dá uma “canja” em PRA CHATEAR, música gravada de uma forma tão descontraída que Ronnie deixa escapar uma risada em um trecho da gravação. O momento mais fraco do disco é sem dúvida a faixa VAMOS FALAR DE VOCÊ, o único momento extremamente “meloso” do disco. O experimentalismo psicodélico e os efeitos sonoros já estavam presentes aqui em faixas como ÚLTIMO HOMEM DA TERRA e a divertida SONECA CONTRA O BARÃO VERMELHO. MEU MUNDO AZUL é outra dessas faixas experimentais: com um belíssimo arranjo barroco, a faixa foi gravada com o microfone de Ronnie ligado a um amplificador de guitarra, fazendo um efeito “tremolo” em sua voz. Ronnie e o então diretor artístico da CBD André Midani gostaram muito do resultado final da gravação, mas os fãs entenderam o efeito como “defeito de fabricação” e provocaram uma das maiores devoluções de discos às lojas da história da música brasileira e, além disso os fãs não “digeriram” bem a tal mudança de rumos musicais, taxando várias canções contidas aqui como “esquisitas”. O investimento da gravadora no disco foi enorme e o prejuízo também.
     Mas, tirando o “demérito” de ter sido talvez o maior fracasso comercial da carreira de Ronnie, esse disco tem muita qualidade musical e estava muito a frente do que se fazia na época no Brasil musicalmente falando.  
     Transcrevo aqui também um belo texto feito pelo próprio Ronnie, contido na parte interna da capa dupla:
     “ A cantiga que eu canto é de puro amor. E o amor é presença em tudo que é de paz: na criança que brinca, na flor que nasce, no pássaro cortando o azul. Meu canto é de paz e amor, e é todo ele em tom de criança, de cores, flores, céu e mar.
     É o vento o dono da minha canção mais pura. Minha voz, a mensageira da esperança aos que acreditam num mundo de todos irmãos.
     Cantemos juntos como numa cantiga de roda, de mãos dadas, de olhos irmãos, em festa de ternura, todos juntos. E a canção é de todos vocês de todos os cantos, de todos os pontos, de todas as crenças, de todas as raças. “
     É este disco que trago agora aqui ao blog Cultura Cabesound, de presente para você, que me dá a alegria do seu prestígio e que poderá atestar na realidade que esse disco foi um dos melhores lançamentos nacionais daquele longinquo ano de 1967.

Fotos da capa: Editora Rio Gráfica e Manchete

Músicas:

Lado 1:
01- Uma dúzia de rosas (Carlos Imperial)
02- O homem da bicicleta (Olmir Stokler “Alemão” – Newton Siqueira Campos). Com Os Mutantes
03- A chave (Malcolm Dale)
04- Minha gente (Demétrius)
05- Belinha (Toquinho – Vitor Martins)
06- Vamos falar de você (Arnaldo Saccomani)
07- Soneca contra o Barão Vermelho “Snoopy VS The Red Baron” (Gernhard – Holler – Versão: Carlos Wallace)

Lado 2:
01- Pra chatear (Caetano Veloso). Com Caetano Veloso
02- A filha do rei (Renato Teixeira)
03- Meu mundo azul “Lullaby to tim” (Clarke – Hicks – Nash – Versão: Fred Jorge)
04- O último homem da terra (Arnaldo Saccomani)
05- O manequim “La mannequin” (Paul Mauriat – A. Pascal – Versão: Fred Jorge)
06- A importância da flor “Lovers of the world united” (Greenaway – Cook – Versão: Fred Jorge)
07- Jardim de infância (Nelson e Fábio Luiz)
Todas as canções produzidas e arranjadas por Rogerio Duprat (não creditado no disco).

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Erlon Chaves & Banda Veneno - Banda Veneno Internacional (Phonogram/Fontana - 1972).


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Link reativado em 09/06/2015

    Um dos maiores maestros e arranjadores do Brasil e do mundo ganha seu espaço e o reconhecimento merecido aqui no blog Cultura Cabesound: Erlon Chaves.

Erlon Vieira Chaves nasceu em São Paulo, em 09 de Dezembro de 1933. Desde criança mostrou interesse em seguir carreira musical e, ainda menino, se apresentou na Rádio Difusora de São Paulo, no programa infantil Clube do Papai Noel, cantando a música Rosa (Pixinguinha). Aos 7 anos de idade começou a estudar no Conservatório Musical Carlos Gomes, formando-se em piano 10 anos depois, mas continuava a se apresentar regularmente na Rádio Difusora. Aos 17 anos cursou canto com Tercina Saracceni e passou a tocar em boates e clubes de dança, onde adquiriu experiência musical com outros músicos que tocavam nesses locais. Em 1953, começa a estudar harmonia, instrumentação e regência com os maestros Luis Arruda Paes, Renato de Oliveira e Rafael Pugliesi. Conseguiu emprego na extinta TV Excelsior de São Paulo, chegando a compor uma sinfonia que acabou se tornando o prefixo musical da emissora.
     Em 1965 se transfere para o Rio de Janeiro e passa a trabalhar na extinta TV Tupi e depois é contratado pela TV Rio, sendo promovido a Diretor Musical. No ano seguinte foi o diretor e um dos criadores do FESTIVAL INTERNACIONAL DA CANÇÃO (FIC), tendo inclusive composto o prefixo musical do evento, que na época ainda era promovido e transmitido pela TV Rio.
     Foi um dos maestros e arranjadores mais requisitados pelos maiores cantores brasileiros da época, tendo inclusive acompanhado Elis Regina nos shows que ela fez na França, em 1968.
     O ano de 1970 foi o verdadeiro divisor de águas da carreira de Erlon Chaves: Acompanhado por sua BANDA VENENO e um coral de 40 vozes, denominado SAM (Sociedade Amigos do Mocotó), se apresentou no V FIC como uma espécie de surpresa do festival, colocando jurados e um lotado Maracanãzinho para dançar ao som de EU TAMBÉM QUERO MOCOTÓ, de autoria de Jorge Ben. Erlon chegou a declarar na época: “- Mocotó é tudo de bom, tudo de alegre, só o Jorge poderia fazer uma canção alegre assim.”. Na final do festival, em 25 de Outubro daquele ano, Erlon causou polêmica ao, digamos, colocar um “molho” a mais na apresentação de EU TAMBÉM QUERO MOCOTÓ. No meio da apresentação, Erlon anunciou: “- Agora vamos fazer um número quente, eu sendo beijado por lindas garotas (louras). É como se eu fosse beijado por todas as mulheres presentes aqui.” Para um país que vivia em plena época de Ditadura Militar e em regime conservador, aquele espetáculo de um negro sendo beijado por várias mulheres louras foi um escândalo, a plateia vaiou e Erlon, mesmo com o 6º lugar do festival, foi levado alguns dias depois para um interrogatório na Censura Federal que, logo depois o levou à prisão por influência de algumas esposas de generais da Ditadura. Quando foi solto, Erlon foi impedido de exercer suas funções profissionais em território nacional durante 30 dias. Infelizmente, aquele festival deu à Erlon uma imagem de Auto-Suficiente, muitos passaram a taxá-lo de “crioulo nojento” e “negro que só gosta de loura”, mas, na realidade, o país ainda vivia com um alto grau de sentimento racista por parte de alguns segmentos da sociedade, exemplo disso é que numa mesma época Toni Tornado, que foi o vencedor daquele festival com BR3, foi “convidado a sair do país” pela clara alusão ao Black Power e gestos que remetiam aos Panteras Negras e, em 1972, Wilson Simonal, um dos melhores amigos e parceiros de Erlon Chaves, foi acusado de “Delator da Ditadura Militar”, vendo sua carreira musical se arruinar a partir de então.
     Erlon passou então a limitar seu trabalho à tarefa de arranjador, mas ainda conseguiu recuperar um pouco da credibilidade com o grande público se tornando jurado do programa Flávio Cavalcanti, seus comentários e opiniões mostraram ao público um músico com alto grau de conhecimento e sensibilidade.  A Banda Veneno, que a princípio foi escalada apenas para aquela apresentação no V FIC, acabou por se tornar parte importante da carreira de Erlon. Com a banda, Erlon lançou uma série de LP’s denominada “Banda Veneno Internacional”, alcançando relativo sucesso de vendas.
     Em 14 de Novembro de 1974, Erlon Chaves nos deixou, vitimado por um enfarte fulminante, alguns dizem que o ataque foi de repente enquanto escolhia alguns discos de Jazz em uma loja da Zona Sul do RJ, outros mantém a versão de que Erlon enfartou na realidade em decorrência de uma acalorada discussão com algumas pessoas em que ele (Erlon) defendia com unhas e dentes seu amigo Simonal, que na época se encontrava preso. O músico se foi, mas a qualidade musical de seus arranjos ficaram para a posteridade nos seus discos lançados, exemplo disso é esse BANDA VENENO INTERNACIONAL, primeiro de uma série de 5 LP’s em que o maestro e a Banda Veneno dão seu toque pessoal à grandes sucessos internacionais da época, com estilo e elegância. Esse é mais um presente especial do blog Cultura Cabesound à você, que me dá a alegria de seu prestígio ao blog e, assim como eu, curte música de qualidade!!!

Dados do Disco

Ficha Técnica:
Direção de Produção: Mazola
Técnicos de Gravação: Ary – Luigi
Estúdio: Phonogram, em 8 canais
Arranjos: Erlon Chaves
Corte: Joaquim Figueira
Técnicos de Mixagem em 8 canais: Mazola – Ary
Foto da Capa: José Maria de Mello
Arte: Aldo Luiz

Músicas
Lado 1:
01- I love you baby (D. Vangarde – Jil King) / Crying (J. Bouwens)
02- The girl from Paramaribo (Berlipp)
03- If you never say goodbye (Bacharach – David) / Café Regio’s (Isaac Hayes)
04- Pop concerto show (Senneville – Toussaint) / Summer Holiday (T. Temple – D. Clyde)
05- Viens avec nous (Triangle) / Floy joy (W. Robinson)
06- Concerto pour un eté “Concerto para um verão” (A. Morisod)

Lado 2:
01- Velvet mornings (R. Constantinos – S. Vlavianos) / Shabala (F. François – A. Darmor)
02- Rock and roll Lullaby (Barry Mann – Cynthia Weil) / Song sung blue (Neil Diamond)
03- Money runner (Quincy Jones) / Mama, Papa “Nana, Nana” (F. Arbex – H. Van Hemert)
04- Day after day (Peter Ham) / Jesus (M. Hamburger – P. Darjean)
05- Long ago tomorrow (Bacharach – David) / Alone again “Naturally” (O’ Sullivan)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

3ª Feira do Vinil do RJ, tudo de bom!!!


     Neste domingo (10/04/2011) foi realizada mais uma Feira do Vinil no RJ. Como trabalho fora no horário das 14 horas, para não perder pelo menos uma parte do evento cheguei logo na abertura e me deparei ainda com alguns stands não montados, sinal de que mais coisa boa viria pela frente mais tarde. Mas, só pelo que encontrei lá no início da Feira fiquei lamentando o dia inteiro por não poder ficar mais e não ter levado uma graninha a mais para trazer para casa muitas das relíquias que encontrei lá. Babei por um exemplar importado de TECHNICOLOR, dos MUTANTES (vinil 180 gr), mais uma vez lamentei por não conseguir adquirir o lp da FERNANDINHA TAKAI, mas num todo o saldo foi super positivo. Pelo menos, consegui adquirir dois LP’s: Maybe Tomorrow, dos JACKSON 5 e PHOLHAS (1975). Repito: para os verdadeiros amantes da boa música essa Feira é um prato cheio. Que venha a 4ª, a 5ª, a 6ª… desde já vou reservar uma graninha para as relíquias!!!

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Stand dos meus amigos da loja Toca do Vinil, de Duque de Caxias. Aqui encontrei meu exemplar do PHOLHAS (1975):
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VÁRIAS RELÍQUIAS EXPOSTAS, INCLUSIVE PICTURE DISCS IMPORTADOS 7” DA LADY GAGA:
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PARA OS METALEIROS DE PLANTÃO:
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TECHNICOLOR, dos MUTANTES: O DISCO QUE ME FEZ LIBERAR TODAS AS BABAS POSSÍVEIS:
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STAND DA POLYSOM, COM VÁRIAS NOVIDADES:
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NOVOS TD’S EM EXPOSIÇÃO:
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ESTE QUE VOS ESCREVE PLANEJANDO AS PRÓXIMAS COMPRAS:
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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Maria Creuza – Sessão Nostalgia (RCA Victor – 1974)

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LInk reativado em 31/03/2015

     Creuzinha mais uma vez aqui no blog Cultura Cabesound. Este foi o segundo LP dessa grande intérprete pela RCA Victor e mostra a versatilidade e o bom gosto desta que era considerada uma das intérpretes preferídas de Vinicius de Moraes e também uma das minhas “musas” musicais. Um disco de muita sensibilidade musical, qualidade essa rarissima de se encontrar nos lançamentos atuais, muito mais voltados para modismos descartáveis… quem curte música de qualidade sabe exatamente do que eu estou tratando aqui.
     Mais um presente meu para você, que me dá a alegria de prestigiar este humilde blog!!!

Dados do disco
Músicos participantes:
Violão:
Hélio Delmiro: 1A, 3A, 5A, 1B e 6B
Geraldo Vespar: 4A e 2B
Luis Cláudio: 6A e 3B
Guitarra:
Hélio Delmiro: 7A, 3B e 4B
Geraldo Vespar: 2A
Baixo: Luizão
Cavaco: Neco
Bateria: Paulinho
Surdo: Gilberto
Percussão:
Everaldo: 1A e 1B
Ariovaldo: 3A. 5A e 6B
Papão: 5B
Harmônica: Rildo Hora
Teclados:
Gilson Peranzzetta: 1A, 4A, 6A, 1B, 3B e 5B
Zé Roberto: 3A, 5A e 6B
Hugo Bellard: 2A e 5B
Piston: Heraldo
Oboé: Moacir
Trompa: Toninho
Catedral: Pinduca
Cordas: Peter Dausberg
Spalla: Giancarlo Pareschi
Flauta:
Lenir Siqueira: 6A e 2B
Jorginho, Copinha e Celso: 2B
Trombone: Joãozinho
Coro: Edgardo Luis: 1A, 3A 3 1B
Arregimentação: Gilberto D’Ávila

Faixa 7B (Prá dizer adeus):
Montagem realizada em 30 horas de estúdio
Coro: Leonardo Bruno: 7 vozes
Vania Ferreira: 3 vozes
Técnico: Luiz Carlos

Ficha Técnica
Coordenação Geral: Osmar Zandomenigui
Coordenação Artística e Direção de Estúdio: Rildo Hora
Arranjos:
Leonardo Bruno – 6A, 7A (cordas), 1B e 7B (coro)
Ivan Paulo – 3B e 5B
Geraldo Vespar – 2A, 4A e 5B
Rildo Hora – 1A
Hélio Delmiro – 7A (baixo e guitarra) e 4B
Zé Roberto – 3A, 5A E 6B
Técnicos de Som: Luiz Carlos, Paulo Frazão e Stélio Carlini
Técnicos de Mixagem: Luiz Carlos e Paulo Frazão
Fotos: Ivan Klingen
Arte: Ney Tavora
Gravado na RCA – Rio de Janeiro em 16 canais

Músicas
Lado 1:
01- Para falar a verdade (Rildo Hora – Sérgio Cabral)
02- Vingança (Lupicinio Rodrigues)
03- Luz negra (Nelson Cavaquinho – Amâncio Cardoso) / O sol nascerá (Cartola – Elton Medeiros)
04- Duas contas (Garoto)
05- De conversa em conversa (Haroldo Barbosa – Lucio Alves)
06- No meio da festa (Beto Quartin – Sérgio Bittencourt)
07- Sessão nostalgia (Antonio Carlos – Jocafi)

Lado 2:
01- Desmazêlo (Antonio Carlos – Jocafi – Ildazio Tavares)
02- Com açúcar, com afeto (Chico Buarque de Hollanda)
03- Ninguém me ama (Fernando Lobo – Antonio Maria)
04- O que tinha de ser (Antonio Carlos Jobim – Vinicius de Moraes)
05- Pé de valsa (Walter Queiroz)
06- Com que roupa (Noel Rosa)
07- Pra dizer adeus (Edu Lobo – Torquato Neto)