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domingo, 18 de julho de 2010

Bill Haley and The Comets – Ao vivo em Londres ‘74 (Continental/Atlantic Records – 1975)

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Link atualizado em 30/03/15

     É tempo de Rock and Roll no blog Cultura Cabesound. Abro espaço nesse momento para aquele que deu o pontapé inicial nesse rítmo que embala gerações: Bill Haley.
     Bill Haley nasceu em Highland Park, Michigan, Estados Unidos, em 6 de julho de 1925. Profissional da música desde a adolescência, passou por diversos estilos musicais como country, jazz, blues, polka e música tirolesa. Após o final da segunda guerra mundial (da qual não participou por ter um dos olhos de vidro) Bill Haley participava de bem-sucedidas bandas de swing. Mas sua grande contribuição foi ter participado da criação do rock and roll.
     Formou o grupo Saddlemen em 1949, que no início era de estilo Country. Esse mesmo grupo a partir de 1952, passa a adotar o nome Bill Haley and His Comets.
     Em 1953 gravou "Crazy Man, Crazy", primeiro disco a aparecer nas paradas com a descrição "rock and roll". O alge veio em 1954 com "Shake Rattle and Roll", primeiro grande hit da história do rock, um antigo clássico da música negra, com sua letra amenizada e ritmo acelerado, como era comum na época.
     No final de 1954 e início de 1955 houve o maior de todos os hits, "Rock Around The Clock". A música foi colocada na trilha sonora do clássico filme "Sementes da Violência" ("Blackboard Jungle") que mostrava conflitos entre alunos e professores de uma escola. O filme era acusado de incentivar a rebeldia juvenil e gerava tumultos nas salas onde era exibido. Seguiram-se vários outros hits como "See You Latter Aligator", "ABC Boogie" e "Razzle Dazzle", todos de temática inocente e dançante.
     Bill Haley foi de certa forma vítima do próprio rítmo que havia criado. Em menos de 3 anos, com o despontar de astros mais jovens, mais rebeldes e de mais fácil identificação com a juventude, como Chuck Berry, Little Richard, Elvis Presley, entre outros, Bill Haley passou a ser visto como um ente deslocado, um velho tocando música de jovens, e teve de mudar os rumos de sua carreira, passando a se apresentar para platéias menores e mais velhas. Continuou durante mais de 20 anos excursionando por todo o mundo com o mesmo visual e as mesmas músicas.
     Bill Haley morreu em 1981, aos 55 anos, de ataque cardíaco, após um derrame cerebral, no Texas.
     Esse disco foi gravado em 1974 em um show no Hammersith Palais de Londres, captou toda a energia de Bill Haley e seus Cometas no palco executando seus maiores sucessos. Esse é para tirar o sofá e a mesa da sala e dançar sem parar!!!
 
Dados do disco:
Gravado ao vivo no Hammersmith Palais. 25/Março/1974
Gravação Mobile: Ronald Lane (LMS) LTD
Engenheiro de gravação: Geoff Haslam
Engenheiros assistentes: Dave Smith, Mark Dodson, Russel Schlagbaum
Re-mixagem nos estúdios Trident, por Peter Kelsey & Geoff Haslam
Matrizagem: Nos estúdios Trident por Ray Staff.
Produzido por Geoff Haslam
Guitarra e Líder vocal: Bill Haley
Sax tenor: Rudy Pompilli
Guitarra líder e vocais: Nick Masters
Guitarra e vocais: Ray Parsons
Baixo e vocais: Ray Cawley
Bateria: Freddie Moore
 
Músicas
Lado 1:
01- Shake Rattle & Roll (Calhoun)
02- Rudy's rock (Rudy Pompilli – Haley)
03- Rip it up (Blackwell – Marascalco)
04- Spanish eyes (Kaempfert – Singleton – Snyder)
05- Razzle dazzle (Calhoun)
Lado 2:
01- Rock-a-beatin' boogie (Haley)
02- Caravan (Tizol – Ellington – Mills)
03- See you later alligator (Guidry)
04- Saints rock & roll (Haley – Gabler)
05- Rock around the clock (De Kinght – Freedman)
06- Rock the joint (Crafton – Keene – Bagdy)
 

terça-feira, 13 de julho de 2010

Paulo Moura (1933 – 2010)

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     Mais um grande músico brasileiro nos deixou. O blog Cultura Cabesound nesse instante presta uma homenagem ao “Mestre” PAULO MOURA.
     Paulo Gonçalves de Moura nasceu na cidade de São José do Rio Preto, Estado de São Paulo, no dia 17 de fevereiro de 1933. Com mais de meio século de carreira, o saxofonista, clarinetista, compositor, arranjador e maestro era considerado um dos maiores nomes da música brasileira. Músico popular e erudito, jazzman, compositor, maestro e arranjador, orientador de grandes músicos brasileiros, professor no Brasil e no exterior, este eclético clarinetista e saxofonista já tocava desde cedo, com o pai, Pedro Gonçalves de Moura, mestre da banda de sua cidade natal. Aos nove, Paulo começou a estudar o piano e com treze já estava tocando na banda do pai dele em festas e bailes. Mudou para o Rio junto com a família; aos dezoito anos começou os estudos na Faculdade Nacional de Música. Completando o curso, continuou estudando teoria, harmonia e contraponto com o mestre Paulo Silva. Ele também estudou harmonia, contraponto e fuga com o maestro Guerra Peixe. Do lado da música popular, ele teve lições de arranjo com os maestros Moacir Santos e Cipó. Formou-se pela Escola Nacional de Música aos dezessete anos e foi contratado como primeiro clarinetista da Orquestra do Teatro Nacional, função que ocupou por muitos anos. Durante esse período gravou inúmeros discos e viajou com Ari Barroso para o México e URSS e lá regeu a Orquestra Sinfônica de Moscou.
     Apaixonado por jazz formou uma das primeiras bandas do gênero no país: A “Nova Orquestra de Jazz”. 
    Ele participou do histórico show de Bossa Nova no Carnegie Hall, em 1962, ao lado de Tom Jobim e Sérgio Mendes.
     Depois de formar seu conjunto em 1968 e gravar 5 ábuns representou o país, com sua  “Nova Orquestra de jazz no Festival de Arte Negra da Nigéria e consolidou sua carreira na Europa e EUA. Em 76 gravou a sua obra-prima, o LP "Confusão Urbana, Suburbana e Rural", que o levou, famoso, para o Japão, onde foi capa de revista e tocou durante 2 meses.
     Foi premiado com um Grammy pelo Melhor Álbum de Regional Brasileiro por “Pixinguinha” e o primeiro Grammy Latino pelo álbum “Tempos Felizes” que foi gravado no início de 2001.
     No fim da noite de segunda-feira, 12 de Julho, um câncer no sistema linfático (linfoma) levou o nosso grande músico para fazer um grandioso show da mais pura Música Popular Brasileira no céu, na companhia de Pixinguinha, Tom Jobim, Baden Powell, Waldir Calmon, Johnny Alf, Luiz Gonzaga e tantos outros grandes nomes.
     A arte de Paulo Moura agora é eterna. Descanse em paz, Mestre!!!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Nat King Cole – Inolvidable_Nat King Cole en Español (EMI/Capitol Records – 1981)



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      Link atualizado em 11/06/2015

     O blog Cultura Cabesound abre novamente espaço para os grandes clássicos da música mundial, dessa vez representado por um de seus maiores ícones: NAT KING COLE.
     Nathaniel Adams Coles nasceu em 17 de março de 1917 em Montgomery, Alabama. A família era pobre, mas musical. A partir dos cinco anos, Cole orientado por sua mãe que era pianista, aprende a tocar piano e órgão, chegando a se apresentar junto com o coral da mesma igreja onde seu pai era pastor. Aos doze inicia estudos formais de música clássica e se envolve com o jazz estimulado por seu irmão mais velho, Eddie. Desde cedo sofreu por causa do preconceito aos negros, chegando a se apresentar para plateias brancas e negras separadamente.
     Suas primeiras gravações, em 36, foram na The Rogues of Rhythm, big band do irmão Eddie, contrabaixista (outro irmão, Freddy mais tarde também seguiu a carreira de cantor, com relativo sucesso). Em 1937, vivendo na Califórnia por conta dos compromissos da big band, em uma das apresentações conhece a vocalista e dançarina Nadine Robinson, que se tornaria sua primeira esposa. No mesmo ano Cole deixa a The Rogues of Rhythm e forma o King Cole Trio com o guitarrista Oscar Moore e o baixista Wesley Prince (mais tarde substituídos). Com esse grupo sem bateria, e já cantando, ele começou em 39 a gravar seus primeiros sucessos. Em rápida ascensão, atingiu duas vezes o topo da parada de rhythm & blues em 43, com "That Ain't Right" e "All for You". Ao trocar o jazz por canções populares, os críticos e os jazzófilos torceram o nariz. Mas o fato é que seu famoso trio mostrou uma saída quando o jazz caía no ostracismo, as big bands estavam sendo desmanteladas devido ao alto custo e o bebop ainda não tinha conquistado o público. Em 46, "(I Love You) For Sentimental Reasons" foi número 1 na parada pop, assim como seu primeiro LP, "The King Cole Trio". Os novos rumos na carreira e as constantes viagens para compromissos profissionais provocam o término do casamento de Cole e Nadine. Então, já vivendo em Los Angeles, Cole conhece Marie Hawkins Ellington, cantora do grupo de Duke Ellington (mesmo sobrenome, mas nenhum parentesco, díga-se de passagem), casando-se com ela em 1948. Com Marie, Cole teria 3 filhos: Casey, Timlin e Natalie, esta última se tornaria mais tarde cantora de sucesso. Adotaram ainda mais duas crianças: Carol e Kelly.
Somando quase 80 músicas de sucesso desde esse período até os anos 60, em uma lista que inclui “When i fall in love”, “Monalisa”, “Unforgettable”, “Fascination” entre outras, ele rivalizou com Frank Sinatra, algo excepcional para um artista negro numa época de discriminação racial. Suas músicas românticas tinham um toque especial junto a sua voz associada ao piano, tornando-o assim, um artista de grande sucesso e atuou também em vários filmes, como "St. Louis Blues", "Blue Gardenia" e "Cat Ballou", de 1965, ao lado de Lee Marvin e Jane Fonda.
     Cole foi o primeiro negro a ter um programa semanal na televisão americana, com grande audiência, mas que acabou sendo extinto pois os patrocinadores não queriam seus produtos associados a um homem negro. Nat King Cole sofreu na carne o ódio racial que imperou nos Estados Unidos até os anos 60: Em um show no Alabama, em 1956, membros de um grupo intitulado "Conselho dos Cidadãos Brancos" subiram ao palco e o agrediram pelo simples fato de ele ser um negro famoso. Apesar disso, Cole não militou no movimento pelos direitos civis, mas enfrentou a discriminação a seu modo. Processou hotéis que lhe negaram hospedagem e escolheu para morar em um bairro rico de Los Angeles até então, exclusivamente branco.
     No fim dos anos 50 passa a fazer apresentações também em países Latinos, acabando por incorporar as músicas desses países ao seu repertório, inclusive gravando LP's inteiramente em espanhol, fazendo bastante sucesso com músicas como “Cachito”, “María Elena” e “El Bodeguero”. Em 1959, Cole veio ao Brasil, apresentando-se na Televisão Record Canal 7 de São Paulo, recebendo verdadeira consagração de seus admiradores. Durante sua permanência em São Paulo, esteve acompanhado pelo homem de rádio, televisão e disco Roberto Corte Real que serviu de intérprete e cicerone em seus deslocamentos pela cidade. Gravou inclusive um disco cantando em português: “Não tenho lágrimas”. Se tornou admirador do Trio Yrakitan, gravando com eles o sucesso “Andorinha preta”, além de algumas gravações em espanhol de sucesso, como “Noche de ronda” e “Ansiedad”.
     Por ter um hábito de fumar diariamente três maços de cigarro, o cantor ficou com sua saúde abalada, até que descobriu ter câncer no pulmão, doença que o levou à morte prematura em Santa Monica, Califórnia em 15 de fevereiro de 1965.
     A presente coletânea foi lançada mundialmente em 1981 e reúne boa parte das gravações que Nat King Cole fez em espanhol durante a carreira. Mais um presente da CULTURA CABESOUND!!!
 
Músicas
Lado 1:
01- Ansiedad (Jose E. Sarabia Rodriguez) – Arr y Dir: Dave Cavanaugn - 1958
02- Perfidia (Alberto Dominguez) – Arr y Dir: Dave Cavanaugn - 1959
03- Quizás, quizás, quizás (Osvaldo Farrés) – Arr y Dir: Armando Romeu Jr – 1958
04- Cachito (Consuelo Velázquez) – Arr y Dir: Armando Romeu Jr – 1958
05- Noche de ronda (Maria Teresa Lara) – Arr y Dir: Armando Romeu Jr – 1958
06- Capullito de alelí (Rafael Hernández) – Arr y Dir: Dave Cavanaugn – 1959
07- El bodeguero (Richard Egues) – Arr y Dir: Armando Romeu Jr – 1958
08- Piel canela (Bobby Capó) – Arr y Dir: Ralph Carmichael – 1961
 
Lado 2:
01- Yo vendo unos ojos negros (Adapt. Nat King Cole – Bill Schluger) -
                                                     Arr y Dir: Dave Cavanaugn – 1959
02- Adelita (Adapt. Jack Harris – Kirk Patrick) – Arr y Dir: Armando Romeu Jr – 1958
03- Aquellos ojos verdes (Nilo Menéndez – Adolfo Utrera) – Arr y Dir: Dave Cavanaugn - 1959
04- María Elena (Lorenzo Barcelata) – Dir: Armando Romeu Jr – 1958
05- Solamente una vez (Agustin Lara) – Dir: Ralph Carmichael – 1961
06- Te quiero, dijiste (Maria Grever) – Dir: Armando Romeu Jr – 1958
07- Ay! Cosita linda (Pacho Galán) – Arr y Dir: Dave Cavanaugn – 1959
08- Las mañanitas (Adapt. Jack Harris – Kirk Patrick) – Dir: Armando Romeu Jr – 1958