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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Zé Rodrix – Soy Latino Americano (Emi – Odeon – 1976)

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Link reativado em 30/03/2015

     Em 22 de maio de 2009 falecia o jornalista, publicitário e um dos mais inventivos músicos da MPB: Zé Rodrix. Tenho aquí no Blog as postagens denominadas “Saudade” onde homenageio aos músicos falecidos exatamente no período do texto mas, como estava sem internet em casa na época não pude homenagear Zé Rodrix. Com essa postagem de hoje espero estar preenchendo essa lacuna do Blog e ao mesmo tempo apresento este sensacional LP SOY LATINO AMERICANO, um dos melhores discos nacionais lançados em todos os tempos.
     José Rodrigues Trindade nasceu aquí no Rio de Janeiro, em 25 de novembro de 1947. Estudou no Conservatório Brasileiro de Música e desenvolveu talento como multi-instrumentista. Em 1966, junto  com Ricardo Sá (hoje Ricardo Villas), Mauricio Mendonça (hoje Mauricio Maestro) e David Tygel – anos mais tarde Maestro e Tygel formariam com Claudio Nucci e Zé Renato o grupo BOCA LIVRE – formou o quarteto vocal MOMENTO QUATRO, lançando em 1967 o compacto com a música “Glória” (primeira composição do jovem José Rodrigues). O quarteto  ficou célebre ao se apresentar acompanhando Edu Lobo e Marilia Medalha na música PONTEIO no III Festival da MPB (TV Record – 1967), que se tornou a vencedora do festival. O Momento Quatro lançou no ano seguinte um LP pela Phillips, onde José Rodrigues já mostrava suas primeiras composições em parceria com os outros componentes do grupo.
     Deixando o quarteto, viajou para Porto Alegre no ano seguinte, onde trabalhou como professor de música e executou seus primeiros trabalhos como publicitário e jornalista para a ZERO HORA. De volta ao RJ, no início de 1970, já com o nome artístico Zé Rodrix, formou juntamente com Wagner Tiso, Robertinho Silva, Tavito, Luís Alves e Laudir de Oliveira o grupo SOM IMAGINÁRIO, inicialmente acompanhando Milton Nascimento no show “Milton Nascimento, ahh, e o Som Imaginário” e  no LP MILTON, que trouxe o sucesso “Para Lennon e McCartney”. O grupo também acompanhou Gal Costa em um especial para a TV CULTURA. Lançaram um LP homônimo no mesmo ano. Se desligou do grupo no ano seguinte e venceu o Festival de Música de Juiz de Fora com a canção “Casa no campo”, que se tornaria um dos maiores clássicos da MPB na gravação de Elis Regina. Formou juntamente com Luis Carlos Sá e Guttemberg Guarabyra o trio SÁ, RODRIX E GUARABYRA. No ano seguinte lançam o LP PASSADO, PRESENTE E FUTURO com os clássicos “Ama teu vizinho como a tí mesmo”, “Jurití Butterfly” e “Hoje ainda é dia de rock”. No ano seguinte lançam o LP TERRA, com os clássicos “Os anos 60”, “Mestre Jonas” e “Blue Riviera”. Inicia carreira solo nesse mesmo ano lançando o LP I ACTO.
     Durante os anos 70, Zé Rodrix participou como compositor das trilhas sonoras do musical MISS (APESAR DE TUDO) BRASIL, da peça REFÉM, do filme MOTEL e das novelas O ESPIGÃO e A CORRIDA DO OURO (TV GLOBO).
     Em 1974, Zé Rodrix lança o LP QUEM SABE SABE, QUEM NÃO SABE NÃO PRECISA SABER. A peça ROCK HORROR SHOW no ano seguinte foi seu primeiro trabalho como ator e diretor musical. 
     Em 1976 lançaria seu LP de maior sucesso: SOY LATINO AMERICANO, que além da faixa título continha o também sucesso “É impossível parar de dançar” e seu próprio registro do clássico “Casa no campo”. Em 1977, mais um sucesso com QUANDO SERÁ?
     Entre 79 e 80 lançou os LP’s HORA EXTRA e SEMPRE LIVRE e adaptou e dirigiu os musicais PÓ DE GUARANÁ e VILLAGE. Se mudou para São Paulo onde realizou juntamente com Miguel Paiva o musical BAND AGE e a revista musical O ANALISTA DE BAGÉ. Em 1981 lançou o compacto SEU ABELARDO, em que “lançava a candidatura” de CHACRINHA à presidência do Brasil e ROCK DO PLANALTO, uma parceria com Miguel Paiva. Fundou com Tico Terpins o estúdio de gravação VOZ DO BRASIL, especializado em trilhas sonoras e jingles  para diversos anunciantes e empresas, área essa em que obteve muito sucesso. Em 1983 se tornou integrante do grupo JOELHO DE PORCO, que se tornou um dos ícones do movimento Punk no Brasil. Em 1986 participou como compositor e produtor musical da trilha sonora da novela CAMBALACHO (TV GLOBO).
     Durante a decada de 90 produziu diversos musicais e trilhas sonoras, recebendo diversos premios. Em 2001 voltou a reunir o trio Sá, Rodrix e Guarabyra, se apresentando no Rock in Rio III e lançando o disco ao vivo OUTRA VEZ NA ESTRADA. Conheceu o Clube Caiubi de Compositores, em São Paulo, e passou a desenvolver parcerias com novos autores da música brasileira. Em 2004 compôs a música “São Paulo 450” para a festa de 450 anos da cidade, que foi gravada por Daniela Mercury especialmente para a ocasião. As trilhas para a TV RATIMBUM, canal infantil a cabo, também estão na lista de suas realizações no período. Desenvolveu também sua porção escritor, lançando alguns livros, incluindo a trilogia de livros denominada “Trilogia do Templo”, em que explicitava seus conhecimentos aprofundados sobre a Maçonaria (no início dos 2000, Zé Rodrix revelou que era Maçom). Em 2006, paralelo a novos shows de SÁ, RODRIX E GUARABYRA apresentou ao lado de Tavito o show A CASA NO COMEÇO DA RUA.
     Em dezembro de 2008, o trio SÁ, RODRIX E GUARABYRA lança o single “Amanhece um outro dia”, que foi tema de abertura da novela REVELAÇÃO (SBT) e assim, os primeiros meses de 2009 foram marcados por novos shows do trio, que infelizmente foram interrompidos quando, no dia 21 de maio, Zé Rodrix sofreu um infarto em casa. Chegou a receber os primeiros socorros de uma de suas filhas que era médica e foi levado ao Hospital das Clínicas de São Paulo, mas não resistiu, falecendo às 0h e 45 minutos do dia 22 de maio de 2009.
     SOY LATINO AMERICANO foi o terceiro LP da carreira solo de Zé Rodrix, é uma bela amostra do músico e compositor inventivo que era. Um punhado de letras maravilhosas e melodias ídem, que tornaram o LP um dos grandes sucessos de 1976. Além do sucesso radiofônico da faixa-título, que tornou Zé Rodrix uma das presenças cativas no programa GLOBO DE OURO a partir de então, o LP trouxe outro sucesso: a contagiante “É impossível parar de dançar”. “Chamada geral” (espécie de nova versão para a “Festa de Arromba”, citando vários nomes ligados ao rock dos anos 70 no Brasil, incluindo Rita Lee, Erasmo Carlos, Mutantes, Raul Seixas, O Terço, entre outros) foi outro destaque do LP, além de “HMMM! (Mas que noite)” que foi uma especie de precursora do movimento Disco Music no país. Ficou registrada também neste LP a versão do autor para “Casa no campo”, um dos maiores clássicos da MPB. Por mim, ficaria aquí comentando faixa por faixa desse LP, mas deixo que você, que me dá o privilégio amigo de prestigiar o Blog Cultura Cabesound, ateste a qualidade musical maravilhosa deste disco. Mais um presente do Blog Cultura Cabesound!!!

Dados do disco:

Orquestrações e regência: Hugo Belardi
Produção artística: Roberto Livi
Capa: Criação “Studio A”
Designer: Ronaldo Mello
Direção de criação: Joel Cocenza

Músicas

Lado 1:
01- Soy Latino Americano (Zé Rodrix – Livi)
02- Boa viagem (Zé Rodrix)
03- É impossível parar de dançar (Zé Rodrix)
04- Donde estará mi vida (Segovia – F. Naranjo – I. Roman)
05- Chamada geral (Zé Rodrix – Livi)
06- Exército da salvação (Zé Rodrix)

Lado 2:
01- Eu vou comprar esse disco (Zé Rodrix – Lamis)
02- Ilha deserta (Zé Rodrix)
03- HMMM! (Mas que noite) (Zé Rodrix)
04- Eu não sei falar de amor (Zé Rodrix – Felipe)
05- Todo dia eu tenho que chorar um pouco (Zé Rodrix – Ramos)
06- Casa no campo (Zé Rodrix – Tavito)

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Nilo Amaro e Seus Cantores de Ébano – Os anjos cantam (IEM/Odeon – 1962).

Nilo Amaro e Seus Cantores de Ebano - Os Anjos Cantam (1962)-image019

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     Tenho o prazer de apresentar no Blog Cultura Cabesound mais um disco muito especial, considerado hoje em dia como um dos 100 discos fundamentais da história da MPB: OS ANJOS CANTAM.
 Para definir esse disco vou usar aquí grande parte do belo texto da contra-capa:
     "Vozes que harmonizam, vozes que fazem beleza, vozes que fazem música branca – eis OS CANTORES DE ÉBANO, realização total de um sonho sonhado há muitos anos por Nilo Amaro.
     Sim. Se houve sonho sonhado e que, um dia, concretizou-se integralmente, esse sonho foi do moço Nilo Amaro, artista moço que, de sacrificio em sacrificio, conseguiu reunir um punhado  de vozes bonitas, as quais trabalhou com dedicação e carinho visando atingir a meta que todo artista sonha atingir: a glória.
     Assim, OS CANTORES DE ÉBANO como que sofreram uma série de situações desagradáveis (falta de local para ensaiar, incompreensão de alguns, descrença de muitos, portas fechadas quase sempre) e diversas outras situações, inclusive a pior delas: a falta de incentivo.
     Mas, como há sempre um dia na vida daqueles que lutam por uma verdade, o dia de Nilo Amaro e consequentemente, d’OS CANTORES DE ÉBANO chegou. E chegou, exatamente quando Ismael Corrêa – Diretor Artístico da ODEON – cedeu os estúdios da gravadora para que os integrantes do conjunto ensaiassem à vontade, tranquilamente, sem qualquer preocupação. E fez mais aquele diretor: soube ser incentivo o tempo todo, palavras de encorajamento nos momentos de incerteza, amigo de verdade em todas as horas.
     Alguns meses de ensaios initerruptamente e aconteceu o perfeito entendimento vocal do conjunto. E com esse entendimento a primeira gravação: “Greenfields” e “A noiva”, duas canções de sucesso e que projetaram definitivamente o conjunto que surgia.”
     Nilo Amaro, cujo nome verdadeiro era Moisés Cardoso Neves, formou o conjunto basicamente com vozes negras femininas e masculinas (1 soprano, 1 mezzo soprano, a contralto, 2 baixos, 1 tenor e 3 barítonos). A intenção de Nilo Amaro sempre foi formar um conjunto vocal semelhante aos corais Gospel Norte-Americanos mas usando repertório típico do cancioneiro nacional, e mesmo num curto espaço de tempo, Nilo Amaro conseguiu seu objetivo com OS CANTORES DE ÉBANO, colocando o conjunto num patamar clássico da nossa música. O destaque do grupo, além do próprio Nilo Amaro, era Noriel Arantes, que com sua voz grave, encorpada e característica, dava um toque especial aos vocalizes d’OS CANTORES DE ÉBANO. Noriel, em 1968, lançou já como Noriel Vilela outro desses discos considerados fundamentais da MPB: EIS O ÔME e também fez sucesso com a versão de um clássico Norte-Americano dos anos 40 chamado “Sixteen Tons”, vertida para o português com o nome “16 toneladas”. Noriel morreu em 1974.
     Nilo Amaro e Os Cantores de Ébano ainda lançariam em 1963 mais um LP, que continha o sucesso “Uirapurú”.
Nilo Amaro faleceu em Goiânia aos 76 anos de idade, no dia 18 de abril de 2004, mas deixou a sua contribuição para a Música Popular. Jamais existiu em nossa música um conjunto vocal que igualasse o estilo d’OS CANTORES DE ÉBANO. Este é mais um presente especialíssimo do Blog Cultura Cabesound à você, que me dá a honra do seu prestígio!!!
    
Dados do disco:
         
          Direção Artística: Ismael Corrêa
          Foto: Francisco Pereira

          Músicas:

Lado 1:
01- Leva eu sodade (Tito Neto – Alventino Cavalcanti). Solos de Nilo Amaro e Noriel Arantes
02- Boa noite (Francisco J. Silva – Iza M. da Silva) Solo de Nilson Prado
03- Fiz a cama na varanda (Dilú Mello – Ovídio Chaves)
04- Canção de ninar meu bem (Bidu Reis – Gracindo Junior) Solo de Nilson Prado
05- Down by the Riverside (Dazz Jordan)
06- Greenfields (Terry Gilkyson – Richard Deher – Frank Miller – Versão de Romeo Nunes – Nilo Amaro). Solo de Nilson Prado

Lado 2:
01- A lenda do Abaeté (Dorival Caymmi). Solo de Noriel Arantes
02- Azulão (Jayme Ovalle – Manuel Bandeira)
03- Eu e você (Roberto Muniz – Jairo Aguiar). Solo de Nilo Amaro
04- Minha graúna (Tito Neto – Avarése). Solo de Nilo Amaro
05- Dorinha (Tito Neto – Ary Monteiro). Solo de Nilo Amaro
06- A noiva “La novia” (Joaquim Prieto – Versão de Fred Jorge). Solo de Nilson Prado


segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Maria Creuza – Eu disse adeus (RCA Victor – 1973).


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Link reativado em 31/03/2015

     O ano era 1973… A grande cantora Maria Creuza, uma das minhas favoritas, estreava na RCA Victor com esse maravilhoso EU DISSE ADEUS, disco de repertório primoroso do seu início ao final. Um fato que eu ainda irei “investigar” é por que o nome da cantora está grafado no disco com “S” ao invés de “Z”… espero obter essa resposta para a próxima postagem de outro disco de Maria Creuza.
     Mesmo estando afastada da mídia brasileira a alguns anos, Maria Creuza mantém uma carreira respeitada nos países do Mercosul, principalmente na Argentina, onde faz temporadas de shows que são sucesso de crítica e público e, pela quantidade de visitas que as outras postagens aquí no Blog Cultura Cabesound me mostram a cada vez que eu faço a consulta ela ainda possui um grande e fiel público no país também. Ela realmente merece. Mais um presente do Blog Cultura Cabesound!!!

Dados do disco:
Coordenação Artística e Direção de Estúdio: Rildo Hora
Arranjos e Regência: Leonardo Bruno (1)
                                  Ivan Paulo (2)
                                  Geraldo Vespar (3)
                                  José Briamonte (4)
Técnicos: Stelio Carlini, Walter Lima, Paulo Frazão (Garrincha), João Alemão (Gunther)
Foto: Denildo
Arte: Ney Tavora
Gravado e Mixado no Estúdio da RCA – Rio de Janeiro, em 16 canais.

Músicas

Lado 1:
01- Feijãozinho com torresmo (Walter Queiroz) (1)
02- Apelo (Vinícius de Morais – Baden Powell) (3)
03- Canção da volta (Ismael Netto – Antonio Maria) (1)
04- Janelas azuis (Rildo Hora – Sérgio Cabral) (1)
05- Nossos momentos (Haroldo Barbosa – Luis Reis) (1)
06- Desespero (Antonio Carlos – Jocafi) (4)

Lado 2:
01- Bobo feliz (Antonio Carlos – Jocafi) (1)
02- A noite do meu bem (Dolores Duran) (1)
03- Chão de estrelas (Orestes Barbosa – Sílvio Caldas) (2)
04- Obsessão (Mirabeau – Milton de Oliveira) / Não me diga adeus (Paquito – Luis Soberano -
João Correia da Silva) / Pois é (Ataulfo Alves) (3)
05- Simplesmente (Antonio Carlos – Jocafi) (1)
06- Eu disse adeus (Roberto Carlos – Erasmo Carlos) (2)

domingo, 17 de outubro de 2010

Gilvan, Trio Irakitan (20/10/1928 – 17/10/2010)

Gilvan

 

     Paulo Gilvan Duarte Bezerril, que foi um dos fundadores do Trio Irakitan, faleceu hoje no Pronto Socorro Cardiológico de Recife. Completaria 82 anos na próxima quarta-feira.

     Paulo Gilvan, como era conhecido no meio artístico, deu entrada nesse Pronto Socorro no último dia 14 com quadro de infarto agudo, sofreu 3 paradas cardio-respiratórias sendo que a mais grave de todas durou 15 minutos. Desde então se encontrava em coma induzido e fazendo hemodiálise, mas seus rins já haviam parado de funcionar. Hoje veio a notícia da morte desse que era um de nossos grandes músicos, componente de um grupo que embalou gerações com suas interpretações de boleros e canções populares e que ainda hoje faz shows pelo Brasil com uma nova formação e que foi considerado o Trio Los Panchos brasileiro.

     Mais música de qualidade no reino celestial. Descanse em paz GILVAN!!!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A Bandinha da Turma da Mônica (RGE-Fermata/Peralta – 1971).


Turma da Mônica

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Link reativado em 28/03/2015

     Mais uma relíquia em homenagem ao mês da criança que apresento aquí no Blog Cultura Cabesound: Trata-se de um LP com os temas musicais dos personagens de histórias em quadrinhos mais queridos da América Latina: A Turma da Mônica.
     A história da origem da Turma da Mônica começa em 1959, quando o desenhista Mauricio de Souza, nascido em 27 de outubro de 1935 em Santa Isabel, após uma carreira como repórter policial para a Folha da Manhã onde escrevia histórias policiais ilustradas com seus desenhos começa a se aventurar no ramo das histórias em quadrinhos infantis criando como primeiros personagens o cãozinho Bidú, que anos mais tarde se tornaria a logomarca da Maurício de Souza Produções, e seu dono Franjinha. Em 1963, cria junto com a jornalista Lenita Miranda de Figueiredo, a Tia Lenita, o suplemento infantil A Folhinha de São Paulo. É nesse mesmo ano e nesse suplemento que são publicadas as primeiras histórias da Mônica e seus inseparáveis amigos Cebolinha, Cascão e Magali. Mônica e Magali foram criações inspiradas em duas filhas de Mauricio, de mesmo nome das personagens. Cebolinha e Cascão foram inspirados em amigos de infância de Maurício. Foi com essas inspirações, filhos (10 ao todo) e amigos de infância, que Mauricio de Souza com o decorrer do tempo foi criando os outros personagens da turma. Criou também a Turma do Chico Bento, em homenagem ao interior do Brasil e ao seu meio rural, a Turma da Tina, Horácio – o dinossauro órfão mas de coração muito bondoso, o elefante Jotalhão, Astronauta e A Turma do Piteco, além de outros personagens que estão no coração e na mente de gerações e gerações de crianças, jovens e adultos do Brasil e da América Latina.
     O disco em questão contém os temas musicais de alguns dos personagem de Mauricio de Souza que eram publicados através dos suplementos de jornal e revistas em quadrinhos naquele longínquo ano de 1971. Os arranjos, de muita sensibilidade musical por sinal, ficaram a cargo do renomado maestro argentino Hector Lagna Fietta, dando um toque bem sofisticado ao disco. Todas as músicas foram compostas por Gaó Gurgel e pelo próprio Mauricio de Souza com letras de Wilma Camargo. A produção muito bem cuidada ficou a cargo de Juvenal Fernandes.
     Mais um presente do Blog Cultura Cabesound direcionado à crianças, jovens e adultos, que sempre amaram e curtem o universo criado pelo grande Mauricio de Souza e seus personagens de quadrinhos.

Capa do disco: Mauricio de Souza.
Lay-out: Nicolau

Músicas
Lado 1:
01- Mônica
02- Bidú
03- Magali
04- Horácio
05- Cascão
06- Tina

Lado 2:
01- Chico Bento
02- Cebolinha
03- Astronauta
04- Jotalhão
05- Piteco
06- Anjinho

Músicas de Gaó Gurgel e Mauricio de Souza
Letras de Wilma Camargo
Arranjos e Direção Musical de Hector Lagna Fietta
Produzido por Juvenal Fernandes

domingo, 10 de outubro de 2010

2ª Feira do Vinil do RJ: Fui e adorei!!!


     Que experiência maravilhosa essa que viví hoje ao visitar a 2ª Feira do Vinil do RJ, realizada no Clube Luso Brasileiro, em Copacabana. Para quem achava que o vinil estava morto as fotos que mostrarei a seguir servem para comprovar que o vinil está realmente mais vivo do que nunca na preferência dos verdadeiros discófilos:

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     Um verdadeiro sucesso de público:
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       A Polysom marcou presença na Feira com seus lançamentos:
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     Todos os meus “sonhos de consumo” em vinil estavam expostos na feira, mas infelizmente este que vos escreve teve que se contentar em apenas “babar” por cada disco avistado:
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     O stand dos meus amigos da Tropicália Discos estava uma verdadeira “tentação”, preços excelentes e discos maravilhosos expostos. Os discos importados dos Mutantes (180g) estão na minha mente até agora, veja na foto o exemplar em destaque, nada mais nada menos do que a reedição do LP de 1968:
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     Este The Beatles 1962 – 1966 importado e com vinil vermelho me deixou com “água na boca”:
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     Tô bem na foto?
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     Tomara que a próxima Feira do Vinil não demore a acontecer, juro que dessa vez irei preparado para umas comprinhas. Parabéns aos organizadores e à todas as lojas e sebos participantes da Feira, realmente tornaram o evento um acontecimento super especial, com certeza que compareceu não se arrependeu!!!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Francisco José – O coração que canta (CBD/Phillips – 1969)

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     A cada disco de Francisco José que posto aquí no Cultura Cabesound sinto como esse grande cantor Lusitano é querido aquí no país, não apenas pela colônia portuguesa mas também pelo público brasileiro em um geral.
     Faço questão dessa vez de reproduzir aquí o texto da contra-capa, assinado por ninguém menos do que Fernando Lobo:
     “Outra vez estamos juntos deste admirável cantor Francisco José. Foi o público que o elegeu e o promoveu a astro de primeira grandeza. O que tem feito até então este artista é cantar bonito, é entregar as mais lindas e melhores melodias, não só portuguesas como também das nossas. Este disco é mais que um punhado de melodias bem interpretadas por Francisco José. É mais que isto, um presente que os discos “Phillips” entregam aos que aplaudem o seu artista, gratos pelos sucessos anteriores obtidos em variadas gravações lançadas.
     Neste LP há melodias, as mais belas, músicas inspiradas que crescem ainda mais em beleza quando interpretadas por Francisco José. Há um trabalho técnico inteiramente novo, um cuidado orquestral dos melhores e um equilíbrio de escolha musical que contenta a todos. Não resta a menor dúvida que Francisco José é um nome que se projetou como intérprete o mais notável, das cantigas da sua terra, e também das nossas. É como todo cantor português, o astro que em qualquer canto da nossa terra tem sempre um público presente, enorme e entusiasta, para aplaudí-lo com intensidade. Pois ele, o astro Francisco José aqui está, e numa das formas mais felizes de apresentação, onde vários generos estão presentes, e mais que presente, a interpretação inimitável deste artista raro, que por felicidade nos pertence quase inteiro agora.”
     Mais um presente do Blog Cultura Cabesound para vc, que sabe dar valor à boa música mundial e é admirador, assim como eu, da voz desse grande artista: Francisco José!!!

Arranjos e direção musical de Monteiro de Souza.

Músicas:

Lado 1:
01- Sinal da cruz (Ferrer Trindade – Max de Souza)
02- De degrau em degrau (Nóbrega de Souza – Jeronimo Bragança)
03- Mas sou fadista (Ferrer Trindade – Arthur Ribeiro)
04- Aquela janela virada pro mar (Frederico de Brito)
05- Olhos tristes (Helena M. Viana – Fernanda Santos)
06- Kanimambo (A. Fonseca – R. Ferreira)

Lado 2:
01- Encontro ás dez (Nóbrega de Souza – Jeronimo Bragança)
02- Ai! Se meus olhos falassem (Nóbrega de Souza – Jeronimo Bragança)
03- Lisbôa não sejas francesa (J. Galhardo – R. Ferrão)
04- Adeus Mouraria (Arthur Ribeiro)
05- Cartas de amor (Alves Coelho Filho)
06- Fado da Severa (Frederico de Freitas – Júlio Dantas)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Ed Wilson (1945 – 2010).


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     Como havia prometido na postagem anterior não poderia deixar que o Blog Cultura Cabesound passasse em branco pela notícia da morte de um dos grandes ícones da Jovem Guarda e um dos mais respeitados e requisitados compositores, tanto no meio secular como no meio gospel: Ed Wilson.
     Edson Vieira de Barros nasceu em 29 de julho de 1945, foi criado no bairro carioca de Piedade. Junto com seus irmãos Renato Barros e Paulo Cesar Barros fundou o grupo Renato e Seus Blue Caps, onde permaneceu até 1961 para seguir carreira solo, dando lugar à Erasmo Carlos. Contratado pela Odeon no ano seguinte lançou seu primeiro 78 RPM com as canções “Nunca mais” e “Juro meu amor”. Em 1964, já pela RCA, lança seu primeiro grande sucesso: “O carro do papai”. Em 1966, já contratado pela CBS, lança o LP “Verdadeiro Amor” que continha o grande sucesso “Sandra”.
   
 

     A partir de 67 lançou poucos compactos, dando indícios de que estava se afastando gradativamente da carreira artística para se dedicar com mais afinco ao Evangelismo, ao qual já havia se convertido em 1963 e também para se dedicar mais a composições e produções musicais. Nos anos 70 lançou alguns sucessos como compositor e por conta das apresentações ao vivo pelo Brasil acabou por se afastar da Igreja, retornando em 1983, ano em que lançou seu primeiro LP gospel “Chuva de Bênçãos”.
     Mesmo com uma carreira como cantor e compositor gospel já consolidada, inclusive tendo suas composições regravadas por grandes nomes da música gospel como Cristina Mel e Alex Gonzaga, Ed Wilson ainda compunha para o meio “secular” e em 1984 compôs “Chuva de Prata” em parceria com Ronaldo Bastos, música esta feita em homenagem à Cely Campello. Gal Costa gravou a canção em seu LP “Profana” com participação do Roupa Nova, que também gravou a canção em seu LP de 1984. “Chuva de Prata” acabou por se tornar o maior sucesso da carreira de Ed Wilson como compositor. Em 1989, outro grande sucesso na carreira de compositor: “Aguenta Coração”, parceria com Paulo Sérgio Valle é gravada por José Augusto, a música foi a escolhida como tema de abertura da novela global Barriga de Aluguel e se tornou um dos grandes hits daquele ano. Em 1995 participa do projeito “30 anos de Jovem Guarda” da gravadora Polygram (atual Universal Music junto a muitos outros grandes nomes do movimento, inclusive participando de vários shows comemorativos e apresentações de TV.
     Em 2005 forma a banda The Originals ao lado do saxofonista Miguel Plopschi, do guitarrista Pedrinho da Luz, do tecladista Cleudir Borges, do vocalista/guitarrista Almir Bezerra (Todos ex-The Fevers), do baterista Netinho e do baixista Nenê Benvenuti (ambos ex-Os Incríveis).  Lançaram desde então 3 CD’s / DVD’s com repertório que remete aos áureos tempos da jovem guarda e fazem várias apresentações ao vivo pelo país. Já passou também pelo grupo o guitarrista/vocalista Marcio Augusto em substituição a Almir e hoje em dia o grupo conta em sua formação com o baixista/vocalista Paulo Cesar Barros, irmão de Ed Wilson e ex-Renato e Seus Blue Caps e o baterista Guto Angelicci (ex-Super Bacana), que substituiram respectivamente Nenê e Netinho.
     No último dia 12 de setembro Ed Wilson foi internado no Hospital São Lucas, em Copacabana com um quadro de Cardiopatia e complicações decorrentes a um câncer na tireóide, que se alastrou rápidamente pelo organismo. Na madrugada de hoje (04/10) a voz de Ed Wilson calou-se para sempre. Seu corpo foi velado durante o dia todo na capela 6 do Cemitério de São João Batista e será cremado as 15 hrs no crematório do Cemitério do Cajú, na Zona Portuária do RJ. 
Descanse em paz, Ed!!!

Conjunto e Coro Infantil CBS – O rítmo jovem nas cantigas de roda (CBS – 1967).


 
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Link atualizado em 01/04/15

     Depois de um domingo de eleições em que exercí a função de 2º mesário pela primeira vez na vida e alguns dias de ausência por conta da falta de energia elétrica aquí em casa, eis que mais uma vez retorno exatamente como nos anos anteriores: Com uma postagem especial em homenagem ao dia da criança.
     Essa é uma postagem mais rara ainda, pois se trata de um disco lançado pela CBS em 1967, em plena efervecência da Jovem Guarda. Sob a batuta produtiva de Jairo Pires, produtor também dos grandes sucessos da gravadora na época: Roberto Carlos, Renato e Seus Blue Caps, Wanderléia, Leno e Lílian, Jerry Adriani e Ed Wilson (aliás, exatamente no momento em que estou escrevendo esta postagem soube pela TV da morte de Ed Wilson e já já postarei uma homenagem à ele) o disco foi lançado contendo algumas das mais tradicionais cantigas de roda embaladas ao som do Ié Ié Ié e o resultado final foi o melhor possível, agradando não apenas às crianças mas também à jovens e adultos. Uma produção bem cuidada. Mais um presente do Blog Cultura Cabesound!!!

Músicas:

Lado 1:
01- Atirei um pau no gato
02- Onde está a margarida
03- Ciranda, cirandinha
04- Terezinha de Jesus
05- Nesta rua tem um bosque
06- Eu fui no Tororó

Lado 2:
01- A canoa virou
02- De marré, marré, marré
03- Passa, passa gavião
04- Pai Francisco
05- Carneirinho, carneirão
06- O cravo brigou com a rosa
(Canções de domínio público)

sábado, 2 de outubro de 2010

Desculpe-me a ausência!!!

     Bom dia à vc que neste momento me dá a alegria da sua visita ao Blog Cultura Cabesound.
     As postagens retornarão com mais frequência a partir desta segunda-feira (04/10). Estive ausente devido a um probleminha com a LIGHT que deixou minha casa sem energia elétrica por 1 semana.
     Amanhã é dia de eleições e eu, pela primeira vez trabalharei como mesário, ficando um dia inteiro ausente da Net, não sei exatamente o que me espera lá na zona eleitoral em que irei trabalhar, apenas desejo que não seja nada difícil de executar, conto com a sua torcida!!!