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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Carioca Swings The Delphin Jr. Orchestra Plays – Dance… Dance… Dance… (IEM/Imperial – 1961).

Dance

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Link atualizado em 04/04/15

     Para os admiradores da boa música instrumental, o Blog Cultura Cabesound abre espaço nesse momento para um dos mais importantes maestros brasileiros: Ivan Paulo da Silva, mais conhecido como CARIOCA.
     A biografia a seguir faz parte do Dicionário Cravo Albin de Música Brasileira ( http://www.dicionariompb.com.br/). Vamos à ela:
    
     “ Ivan Paulo da Silva nasceu em Taubaté, SP, em 19 de dezembro de 1910.  Começou a carreira artística em 1938, no Rio de Janeiro atuando como "trombone hot" na orquestra de Fon-Fon. Anos depois fundou na Rádio Nacional a Orquestra All Stars a qual passou a dirigir a partir de 1945. Escreveu arranjos e dirigiu inúmeras gravações em diversas gravadoras, entre as quais, a RCA Victor, a Rádio e a Musidisc. Em 1943, estreou na Rádio Nacional com sua orquestra, passando depois a atuar na Rádio Tupi. Em 1944, escreveu o prefixo para o noticioso Repórter Esso apresentado na Rádio Nacional pelo locutor Heron Domingues. Esse prefixo era executado pelo próprio maestro no trombone, Luciano Perrone na bateria, e Francisco Sergi e Marino Pissiani nos pistons. Foi durante anos integrante da Orquestra da Rádio Nacional. Ainda na Rádio Nacional fez duelo de trombones com o maestro norte americano Tommy Dorsey quando da visita deste ao Brasil. Contratado pela gravadora Odeon em 1945, acompanhou com sua orquestra a gravação da valsa "Minha crença", de Horondino Silva e Del Loro, e do samba "Tudo é possível", de Cícero Nunes e Aldo Cabral, na voz de Orlando Silva. Gravou com sua orquestra em 1947, os choros "Nenê" e "Tenebroso", de Ernesto Nazareth. Em 1948, acompanhou na Continental o cantor Nilo Sérgio na gravação do fox-trot "Beguin the beguine", de Cole Porter, e do fox "Je vous aime", de S. Coslow; e a cantora Dircinha Batista na gravação do sambas "Icaraí", de Célio Ferreira e Raimundo Flores, e "Humilhação", de Peterpan. Em 1949, gravou com sua orquestra os choros "Pintassilgo apaixonado", de Lina Pesce; "Gostosão", de Mário Amorim, e "Apanhei-te cavaquinho", de Ernesto Nazareth, e o samba "Linda flor", de Henrique Vogeler. Ainda em 1949, gravou com sua orquestra e o grupo vocal Garotos da Lua e a cantora Safira o bolero "Um pouquinho de amor", deJ. Gutirres, e o fox "O mar (Le mer)", de C. Trenet, ambas com versos de Haroldo Barbosa. Ainda no mesmo ano, acompanhou com sua orquestra na Odeon a cantora Dircinha Batista na gravação do bolero "Fica comigo", de Mário Rossi e Marino Pinto; dos sambas "Minha saudade", de Pernambuco e Marino Pinto, e "Café requentado", de Marino Pinto e Mário Rossi; do samba-canção "Seremos três", de Cristóvão de Alencar e Valdemar de Abreu, o Dunga; e da marcha "Charrete macia" e da batucada "A coroa do rei", as duas últimas de Haroldo Lobo e David Nasser. Ainda em 1949, acompanhou com sua orquestra na Star o cantor Onéssimo Gomes na gravação dos sambas "Violão", de Vitório Junior e Wilson Ferreira, e "Enfermeira", de Edgar Nunes e Zeca do Pandeiro. Em 1950, gravou em ritmo de samba com arranjos seus, a canção "Casinha pequenina", de domínio público, e o choro "Zangado", de José Toledo;  com sua orquestra e vocal de Dircinha Batista, o samba "Na Baixa do Sapateiro", de Ary Barroso, e o choro "Recordar é viver", de Freire Jr. No mesmo ano, gravou ainda os choros "Limoeiro do norte", de Porfírio Costa, e "Escalando", de Cipó. Para o carnaval de 1951, gravou os frevos "Zezinho no frevo", de Geraldo Medeiros, e "Pois sim", de Guio de Moraes. Ainda em 1951, gravou com sua orquestra e vocal de Jamelão a canção "Casinha da colina", de Luiz Peixoto e Pedro de Sá Pereira, adaptada em ritmo de choro, e o choro "Voltei ao meu lugar", de sua autoria. Gravou ainda no mesmo ano, a batucada "Cai, cai", de Roberto Martins, o choro "Maria Madalena", de Porfírio Costa, e os frevos "Prova de fogo", de Geraldo Medeiros, e "Vou ficar em Pernambuco", de Genival Macedo, este último com vocal de Alcides Gerardi. Gravou também os choros "Cambucá", de Pascoal Barros, e "Lágrimas de virgem", de Luiz Americano, que contaram com solos de sax-tenor do Maestro Cipó. Ingressou depois na gravadora Sinter onde registrou com sua orquestra a guarânia "Índia", de José A. Flores e O. Guerrero, em arranjo para samba, e o samba "Nem eu", de Dorival Caymmi. Em 1953, acompanhou com sua orquestra na Sinter o cantor Jamelão na gravação dos sambas "Seu deputado", de Átila Nunes e Alcebíades Nogueira, "Voltei ao meu lugar", de sua autoria e Del Loro, e "A cegonha mandou", de João Mabiel, e do choro "Alta noite", de Astor Silva e Del Loro. Em 1954, gravou com sua Orquestra o mambo "Maria Candelária", de sua autoria e J. Sandoval, e o choro "Vamos com calma", de sua autoria. No mesmo ano, acompanhou com seu conjunto ao grupo Garotos da Lua na gravação da valsa "O homem do trapézio", de O' Keefe e R. Sinatra, com versão de Haroldo Baroso, e do samba "Feitiço da Vila", de Noel Rosa e Vadico. Em 1955, gravou com Sua Orquestra o "Mambo do turfe", de Getúlio Macedo e Oscar Maneck,e o baião "Que amargura", de A. Pernas, A. Cetinic e Juvenal Fernandes. Em 1956, participou do LP "Vamos dançar - Vol. 1" do selo Fantasia/Philips, uma coletânea de fonogramas da gravadora Sinter/Philips e que incluiu duas gravações de sua orquestra: "Maria Candelária", de sua autoria e J. Sandoval, com vocal de El Cubanito, e "Mambo do turfe", de Getúlio Macedo e Oscar Maneck. Contratado pelo selo Rádio lançou em 1958 o LP "Orquestra de baile - Carioca e Sua Orquestra" interpretando sucessos da música popular brasileira como "Samba no Arpege", de Waldir Calmon; "Apito no samba", de Luis Bandeira; "Pinguinho de gente", de Altamiro Carrilho; "Torcida organizada", de Gordurinha; "Não troquemos de mal", de Rubens Leal Brito e Jorge Faraj; "Conversa de botequim", de Noel Rosa e Vadico; "Joãozinho Boa Pinta", de Haroldo Barbosa e Geraldo Jacques, e "Ginga das palmas", de sua autoria, além dos clássicos internacionais "Alexander's Ragtime Band", de Irving Berling; "Bernardine", de J. Mercer; "I had the craziest dream", de H. Warren e M. Gordon, e "Fascinação", de F. D. Marchetti. No mesmo ano, e também pelo selo Rádio lançou o LP "Choros - Carioca e Sua Orquestra de Baile" interpretando clássicos do repertório do choro: "Um a zero", de Pixinguinha e Benedito Lacerda; "Paraquedista", de José Leocádio; "Um passeio à tarde", de sua autoria; "Murmurando", de Fon-Fon; "Numa seresta", de Luis Americano; "Bem-te-vi atrevido", de Lina Pesce; "André de sapato novo", de André Victor Correia; "O xameguinho dela", de Porfírio Costa; "Fica entre nós", de Geraldo Medeiros, e "Sonoroso", de K-Ximbinho. Ainda em 1958, e também pelo selo Rádio, lançou um terceiro LP, este destinado ao repertório carnavalesco intitulado "O carnaval que eu brinquei - Carioca e Sua Orquestra" e que incluiu as marchas carnavalescas "Marchinha do grande galo", de Lamartine Babo e Paulo Barbosa; "Lourinha lourinha", de João de Barro; "Allah-la-ô", de Haroldo Lobo e Antônio Nássara;  "Meu consolo é você", de Antônio Nássara e Roberto Martins; "O bonde de São Januário", de Ataulfo Alves e Wilson Batista; "Cai cai", de Roberto Martins; "A casta Suzana", de Ary Barroso e Alcyr Pires Vermelho; "Querido Adão", de Benedito Lacerda e Osvaldo Santiago, e "Deixa a lua sossegada", de Alberto Ribeiro e João de Barro, além dos sambas "Vai haver barulho no chatô", de Noel Rosa e Walfrido Silva;  "Agora é cinza", de Alcebíades Barcelos, o "Bide" e Armando "Marçal", e "Despedida de Mangueira", de Benedito Lacerda e Aldo Cabral.  Por essa época, gravou com sua orquestra pelo selo Repertório uma série de quatro sambas intitulados de "Ginga nº1", "Ginga nº2", "Ginga nº3" e "Ginga nº4", todas de sua autoria. Gravou também, pelo selo Doni os sambas "Ginga nº 5" e "Tereza me deixa", ambos de sua autoria. Ainda em 1958, participou de duas coletâneas pelo selo Repertório, "Apaixonadamente", com a música "Ginga das palmas", e "Bar de melodias", com a "Ginga Nº 2", ambas de sua autoria. Contratado pela RCA Victor lançou em 1960, o LP "Clássicos no samba - Carioca e Sua Orquestra" no qual doze temas clássicos foram interpretados em ritmo de samba: "Num mercado persa", de Ketelbey; "Mon coeur s'ouvre à ta voix (De "Sansão e Dalila")", de Saint-Saens; "Concerto em lá menor", de Grieg; "Concerto Nº 2", de Rachmaninoff; "Dança da fada açucarada (Da "Suíte Quebra Nozes")", de Tchaikovsky; "Mattinata", de Leoncavallo; "Dança das horas (De "A Gioconda")", de Ponchielli; "Melodia em fá", de A. Rubinstein; "Andante cantabile" e "Concerto Nº 1", de Tchaikovsky; "Dança Hungara Nº 5", de Brahms, e "Narcissus", de E. Nevin. Em 1961, lançou pelo selo Musidisc o LP "Sambas em brasa - Carioca e Sua Orquestra de Metais", disco que seria relançado em 1971, pela gravadora Continental, e que incluiu os sambas "Samba em brasa" e "Ginga Nº 7", de sua autoria; "Mulata assanhada", de Ataulfo Alves; "Nunca mais" e "Parti", de Ed Lincoln e Silvio César; "Amanhã eu vou" e "História", de Nilo Sergio; "Três horas da manhã", de J. Robledo; "O barquinho", de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli; "Samba toff", de Orlann Divo e Roberto Jorge; "Pergunte ao João", de Helena Silvia e Milton Costa, e "Ondas do Danúbio", de Ivanovici. Por essa mesma época, lançou o LP "Dance... Dance... Dance... - Carioca Swings - The Delphin Jr. Orchestra Plays", pelo selo Imperial/Odeon, onde utilizando pseudônimo gravou clássicos norte americanos como "Blue moon", de R. Rodgers e L. Hart; "Sentimental journey", de Broen e Homer; "All the way", de S. Canh e J. Van Heusen; "Love me or leave me", de W. Donaldson e G. Kahn; "Love is a many splendored thing", de S. Faln e Paul Francis Webster, "Night and day", de Cole Porter, e "Summertime", de George Gershwin e D. Heyward, entre outros. Por volta de 1962, passou a atuar na Rádio Mayrink Veiga. Atuou ainda na Rádio Clube do Brasil. Também atuou nas TVs Tupi e Excelsior. Ainda em 1962, lançou o LP "Chá-chá-chá explosivo - Carioca and His Cuban Percussion Orchestra", disco no qual interpretou em ritmo de chá chá chá, coqueluche da época, sucessos daquele momento como "O terceiro homem", de A. Karas e W. Lord; "Limelight", de Charles Chaplin; "Stranger in paradise", de R. Wright e G. Forrest; "Las secretárias", de P. Luis; "Temptation", de N. H. Brown e A. Freed; "Mona Lisa", de Jay Livingston e R. Evans; "El Bodeguero", de E. R. Egues; "Me lo dijo Adela", de O. Portal; "Again", de L. Newman e D. Cochran; "Rum and Coca-cola", de M. Amsterdan; "Chá-chá-chá Nº 5", de J. Loco, e "Alexander's Ragtime Band", de Irving Berlin. Em 1963, gravou pelo selo Imperial/Odeon o LP "Samba... Ôba! - Orquestra Regida por Carioca" no qual foram interpretados os sambas "A felicidade", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes; "Chora cavaquinho", de Dunga; "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso; "Agora é cinza", de Alcebíades Barcelos "Bide" e Armando "Marçal"; "O orvalho vem caindo", de Noel Rosa e Kid Pepe; "Se acaso você chegasse", de  Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins; "Boato", de João Roberto Kelly; "Cheiro de saudade", de Djalma Ferreira e Luis Antônio; "Samba de uma nota só", de Tom Jobim e Newton Mendonça; "Nega", de Waldemar Gomes e Afonso Teixeira; "Desafinado", de Tom Jobim e Newton Mendonça, e "Não tenho lágrimas", de Max Bulhões e Milton de Oliveira. No mesmo ano, gravou com sua orquestra o LP "Bossa nova on fire - Carioca And His Orchestra" com as músicas "Ginga Nº 7" e "Samba em brasa", de sua autoria; "Nunca mais" e " Parti", de Ed Lincoln e Silvio César; "O barquinho", de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli; "História" e "Amanhã eu vou", de Nilo Sergio; "Pergunte ao João", de Helena Silvia e Milton Costa; "Samba toff", de Orlann Divo e Roberto Jorge, e "Mulata assanhada", de Ataulfo Alves. Em 1964, lançou pela RGE o LP "Maestro Carioca & Orquestra Guanabara - Rio Quatrocentão" com composições alusivas à cidade do Rio de Janeiro então comemorando seu quarto centenário de fundação. Fizeram parte desse disco as composições "Cidade Maravilhosa", de André Filho; "Copacabana", de João de Barro e Alberto Ribeiro; "Rio eterna capital" e "Rio quatrocentão", de Raul Sampaio e Benil Santos; "Rio de Janeiro quatrocentão" e "Samba do IV centenário", de Claribalte Passos; "Valsa de uma cidade", de Ismael Netto e Antônio Maria; "Morro de Santa Tereza", de Herivelto Martins; "Noites cariocas", de Osvaldo Borba e N. Vanderley; "Rio", de Ary Barroso; "Rio antigo", de Altamiro Carrilho, e "Menino do Rio", de Orlann Divo e Roberto Jorge. Em 1969, gravou pelo selo Equipe o LP "A música dos 4 grandes e Maestro Carioca" disco feito em homenagem a Ary Barroso, Noel Rosa, Wilson Batista e Ataulfo Alves e que reuniu os clássicos "Na Baixa do Sapateiro"; "Folha morta", e " Morena boca de ouro", de Ary Barroso; "Atire a primeira pedra", com Mário Lago, "Na cadência do samba", com Paulo Gesta, e "Pai Joaquim da Angola", essas três de Ataulfo Alves; "Mundo de zinco", com Antônio Nássara; "Emília", com Haroldo Lobo, e "Lenço no pescoço", de Wilson Batista; e "Feitiço da Vila" e "Feitio de oração", com Vadico, e "Palpite infeliz", as três últimas de Noel Rosa. Em 1974, teve a música "Voltei ao meu lugar" gravada por Raul de Barros no LP "Brasil, trombone", do selo Marcus Pereira. Teve participação marcante na Rádio Nacional, além de ter atuado em outras Rádios como Tupi e Mayrink Veiga e Tvs como Tupi e Excelsior. Gravou mais de quinze discos de 78 rpm e mais de dez LPs pelas gravadoras Odeon, Rádio e RGE. Um de seus trabalhos mais notáveis é ter tornado possível a criação das famosas calçadas musicais do Bairro de Vila Izabel, Rio de Janeiro, em homenagem ao poeta Noel Rosa. Faleceu no Rio de Janeiro, em 11 de abril de 1991.”
     No disco que apresento aquí, a maravilhosa orquestra do maestro Carioca executa com maestria ímpar clássicos da música americana tradicional, com arranjos jazzisticos dançantes que não ficam devendo nada às grandes orquestras do mundo na época. O título do disco já diz tudo: Dance… Dance… Dance… É com certeza a sensação que se tem ao ouvir tão belas melodias!!!

Músicas:

Lado 1:
01- Blue moon (Richard Rodgers – Lorenz Hart)
02- Sentimental Journey (Brown – Homer)
03- All the way (Sammy Cahn – James Van Heusen)
04- Love me or leave me (Walter Donaldson – Gus Kahn)
05- Love is a many splendored thing (Sammy Fain – Paul Francis Webster)
06- This can’t be love (Richard Rodgers – Lorenz Hart)

Lado 2:
01- S’ Wonderful (George & Ira Gershwin)
02- Night and day (Cole Porter)
03- Summertime (George Gershwin – Dubose Heyward)
04- Blues in the night (Arien – Mercer)
05- Love letters (Victor Young – Edward Heyman)
06- Flamingo (Grouya – Anderson)
    

Um comentário:

  1. Prezados amigos,
    Sou amigo da Ivanizete, filha do Maestro Carioca, que conheci pessoalmente.

    Este ano comemora-se 100 anos de nascimento do Maestro Carioca, e Ivanizete está organizando o seu acervo que deverá fazer parte das comemorações do Prêmio Esso, em novembro desse ano.
    Como amigo que sou da família do Maestro, tenho pesquisado e enviado para a Ivanizete todo o material que se encontra disponível na NET.
    Foi gratificante encontrar essa homenagem ao grande Maestro e podem ter certeza de que seus familiares tomarão o devido conhecimento.
    Meu particular agradecimento em nome da família do Maestro.

    Cleber Coelho - Rio de Janeiro - RJ
    cleber_coelho@oi.com.br

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