Download aqui
Link reativado em 29/03/2015
Depois de um período em que fiquei impossibilitado de fazer novas postagens (o modem Banda Larga da minha internet queimou), eis que estou de volta com mais um presente em homenagem à grande colônia portuguesa residente no país, ao povo português num todo, e principalmente aos amantes da música tradicional portuguesa: A ótima coletânea ADEGA DA ALFAMA, lançada em 1978, que foi veiculada comercialmente pela extinta Rede Tupi de Televisão e que reuniu boa parte dos grandes nomes da música portuguesa de todos os tempos:
Link reativado em 29/03/2015
Depois de um período em que fiquei impossibilitado de fazer novas postagens (o modem Banda Larga da minha internet queimou), eis que estou de volta com mais um presente em homenagem à grande colônia portuguesa residente no país, ao povo português num todo, e principalmente aos amantes da música tradicional portuguesa: A ótima coletânea ADEGA DA ALFAMA, lançada em 1978, que foi veiculada comercialmente pela extinta Rede Tupi de Televisão e que reuniu boa parte dos grandes nomes da música portuguesa de todos os tempos:
AMÁLIA RODRIGUES – Considerada como a Rainha do Fado, Amália da Piedade Rebordão Rodrigues nasceu em Lisboa em 01 de julho de 1920, mas teve o nascimento registrado apenas em 23 de julho do mesmo ano. Desde a infância, mesmo se mostrando tímida, seu talento como cantora foi notado e constantemente era vista cantando músicas populares da época e os tangos de Carlos Gardel para a avó e para os vizinhos. De família humilde, Amália teve de começar a trabalhar desde cedo para ajudar no sustento e mesmo em seus afazeres sua cantoria deixava a todos admirados. Inicia a carreira profissionalmente em 1940 como atração em uma peça teatral chamada ORA VAI TU, desenvolvendo desde então talento inclusive como atriz. Em 1944 veio ao Rio de Janeiro para se apresentar no Cassino de Copacabana, numa temporada que seria de 4 semanas, mas que se extendeu por 4 meses graças ao grande sucesso. O Brasil a partir de então ganhou um espaço reservado no coração de Amália, que durante sua carreira fez várias apresentações e gravações no país, seu segundo casamento inclusive foi com o engenheiro brasileiro César Seabra, casamento este que durou de 1961 até 1997, ano da morte de Seabra. Seus discos correram o mundo a fora e fizeram a sua popularidade ultrapassar os limites de Portugal, se extendendo pelo restante do continente europeu e pelos EUA lhe rendendo várias homenagens e prêmios durante seus quase 60 anos de carreira, interrompidos pelo seu falecimento em Lisboa, em 06 de outubro de 1999, causando grande comoção e honrarias dígnas de Chefes de Estado. AI MOURARIA (Amadeu do Vale – F. Valerio) e PERSEGUIÇÃO (Avelino de Sousa – Carlos Maia) são as canções contidas aquí.
PAULO ALEXANDRE – Nascido em Vouzela com o nome Modesto Pereira da Silva Santos em 16 de fevereiro de 1931, iniciou carreira artística num programa da extinta Emissora Nacional de Rádio no programa Ouvindo as Estrelas. Em 1958 se junta a Nuno D’Almeida, Américo Lima e Fernando La Rua, formando o quarteto vocal 4 de Espadas. Desenvolveu carreira também na televisão, fazendo sucesso principalmente com a opereta Romance na Serra. Grava versões de trilhas sonoras cinematográficas, como Love Story e Romeu e Julieta. Em 1977 lança aquele que é seu grande sucesso na carreira até hoje: VERDE VINHO (Udo Jurgens – Kunze – Versão em português: Griechischer, adaptada por Paulo Alexandre), canção incluída na coletânea, que fez muito sucesso também aquí no Brasil, gerando o lançamento do filme VERDE VINHO em 1978, protagonizado por Dionisio Azevedo e pelo próprio Paulo Alexandre. Neste ano de 2010, depois de produzir algumas peças de teatro, várias produções para a TV e fazer locuções e produções radiofônicas e se aposentar da carreira artística, Paulo Alexandre lançou a biografia Duas Vidas Numa Só – Entre Cifrões e Canções, que é um bom retrato da trajetória de sua vida e carreira.
FRANCISCO JOSÉ – Tem uma biografia detalhada já incluída no Blog na postagem A FIGURA DE FRANCISCO JOSÉ – SUCESSOS DE PORTUGAL. UMA CASA PORTUGUESA (Artur Fonseca – Reinaldo Ferreira – Vasco de Matos Siqueira) e SÓ NÓS DOIS (Joaquim Pimentel) são as canções contidas aquí.
ROBERTO LEAL – Nascido Antonio Joaquim Fernandes, em Vale da Porca, em 27 de novembro de 1951, emigrou para o Brasil em 1962 junto aos seus pais e outros 10 irmãos. Já residindo em São Paulo trabalhou como sapateiro e vendedor de doces e já no final da década de 60 começa a desenvolver seus talento como cantor de fados e músicas românticas. Contratado pela RGE em 1971 .lança o compacto com “Arrebita” e, a partir de sua primeira apresentação no Programa do Chacrinha se torna uma espécie de Embaixador da cultura portuguesa no Brasil e passa a ser um dos artistas mais requisitados para apresentações em vários programas de TV no país graças ao seu grande sucesso e carisma. Em 1979 estrela um filme sobre sua vida intitulado Um Milagre, que bateu recordes de bilheteria. A maior parte de seu repertório foi composto em parceria com sua esposa Márcia Lúcia, mãe de seus 3 filhos brasileiros. É um dos autores do novo hino da Portuguesa de Desportos e sócio do restaurante de comida portuguesa Marquês de Marialva, em São Paulo. ERA O FADO MEU AMIGO (Manuel Marques – Antonio Rodrigues) é a canção contida aquí.
CARLOS DO CARMO – Nascido Carlos Alberto Ascenção do Carmo Almeida, em Lisboa, em 21 de Dezembro de 1939, filho de Alfredo Almeida, proprietário da casa de fados O Faia e de Lucilia do Carmo, também uma fadista conhecida, cresceu em Lisboa onde frequentou a Escola Alemã e o Liceu Passos Manuel. Viajou para a Suiça, onde aprendeu hotelaria e línguas estrangeiras. Com 9 anos já havia gravado seu primeiro disco, mas foi apenas em 1964 que iniciou profissionalmente a carreira artística. Em 1976 representou Portugal no XXI Festival Eurovisão da Canção Popular com a música Flor de Verde Vinho. Se apresentou nas casas de espetáculos mais famosas de todo o mundo, incluindo inclusive apresentações no Canecão, no Rio de Janeiro, e recebeu várias homenagens e prêmios durante a carreira, que prossegue até os dias atuais. Foi o primeiro cantor a ter um disco de carreira editado em CD em Portugal. É um dos intérpretes de fados mais aclamados naquele país. POR MORRER UMA ANDORINHA (Francisco Viana – Frederico de Brito) e O CACILHEIRO (José Carlos Ary dos Santos) são as canções contidas aquí.
ANTONIO CALVÁRIO – Nascido em Moçambique, em 17 de outubro de 1938, Antonio Calvário da Paz se mudou com a família para Portugal aos 8 anos de idade. Teve aulas de canto com Corina Freire, uma antiga cantora e sua prima avó. Seu talento vocal e carisma lhe deram um emprego na Emissora Nacional em 1957 sem sequer precisar passar pelo famoso Centro de Preparação de Artistas. Foi aclamado pelo público e pela crítica já em sua primeira apresentação no Festival da Canção Portuguesa, quando interpretou Regresso. Em 1961 ganha pela primeira vez o título de Rei da Rádio e inicia desde então uma carreira de sucesso também como ator cinematográfico e teatral. Participou de vários festivais de música. Em 2000 tem uma biografia lançada pelo jornalista Luis Guimarães intitulada Antonio Calvário – A Canção de Uma Vida. Em 2008, ano em que comemorou 50 anos de carreira, lançou uma coletânea de sucessos contendo duas canções inéditas e uma autobiografia intitulada Histórias da Minha Vida. MOCIDADE MOCIDADE (Nuno N. Fernandes – Carlos Coelho) é a canção contida aquí.
JOÃO BRAGA – João de Oliveira e Costa Braga nasceu em Lisboa, em 15 de abril de 1945, fez sua primeira apresentação pública aos 9 anos de idade como solista do coral do Colégio de São João de Brito. Em 1957 se muda com a família para Cascais e começa a se apresentar em casas de fado amador daquela região. Em 1966 abandona o curso de direito para iniciar a carreira artística profissional e lança em dezembro seu primeiro compacto, intitulado É tão bom ser pequenino. A primeira apresentação na TV foi em 1967 no programa Alerta Está! Em 1971 organiza junto a Luís Villas-Boas, seu produtor musical, o Primeiro Festival de Jazz de Cascais. Em 1970 participa do Festival da Canção e funda a revista Musicalíssimo, sendo editor da mesma até 1974, quando a Revolução dos Cravos o fez se exilar em Madri até fevereiro de 1976. A partir de 1984 passou a mostrar ao público talento também como compositor, musicando poemas de Fernando Pessoa, Pedro Homem de Mello e Manuel Alegre, entre outros. É considerado um importante mentor da renovação musical portuguesa desde que passou a convidar jovens fadistas a dividir o palco com ele em apresentações pelo país a partir do início da década de 90. Desenvolve também trabalhos como jornalista e até de comentarista esportivo, onde se mostra defensor ferrenho de seu time de coração, o Sporting de Lisboa. LISBOA ANTIGA (Raul Ferrão – José Galhardo – A. do Vale) é a canção contida aquí.
ADA DE CASTRO – Nascida Ada Antunes Pereira, em Lisboa, 13 de agosto de 1937 desde cedo demonstrou talento musical apurado, influenciada principalmente por Amália Rodrigues e também começou a fazer teatro amador, área que se manteve em atividade até 1959. Estreou profissionalmente no restaurante O Faia em 1960 e desde então se apresentou nas melhores casas de espetáculos portuguesas. Em 1962 recebe o Prêmio RTP de Melhor Fadista da Quinzena, o que seria o primeiro de vários prêmios recebidos durante a carreira em Portugal e em vários outros países. Se apresentou inclusive em Mônaco, nos jardins do Palácio Grimaldi para toda a família do principe Reinier. Em 1968, a convite do governo Brasileiro, fez apresentações por todo o país. Em 1995 se apresentou em um programa da televisão japonês contando a história do fado e cantando 8 fados em 45 minutos de programa. Segue até hoje carreira de fadista e atriz de sucesso. COIMBRA (Raul Ferrão – José Galhardo) é a canção contida aquí.
MARIA DA FÉ – Nascida Maria da Conceição Costa, na Cidade do Porto, em 25 de maio de 1945, desde muito cedo demonstrou talento como fadista. Aos 9 anos participou de festas particulares ganhando corcursos. Aos 18 anos mudou-se para Lisboa e foi logo contratada para cantar nas principais casas de fado da região e depois passou a se apresentar no Cassino Estoril. Lança seu primeiro disco em 1959. Entre 1963 e 1964 se tornou mentora de um movimento musical intitulado de Pop Fado, que recebeu duras críticas dos tradicionalistas, mas que só fez aumentar o seu sucesso com o público. Casa-se em 1968 com o fadista e compositor José Luis Gordo, que lhe dedica várias composições, fazendo de Maria da Fé sua autêntica musa. No ano seguinte é a primeira fadista a participar do Festival RTP da Canção. Em 1975, inaugura em sociedade com seu marido José Luis e com Antonio Mello Correia o restaurante Sr Vinho, que se torna um dos espaços mais tradicionais e culturais de Lisboa. Durante 3 anos, entre 1984 e 1987, faz apresentações no Brasil, ajudando ainda mais a difundir o fado em terras Tupiniquins e logo depois também faz apresentações em vários países da Europa e EUA. Em 2005 recebe uma homenagem de Caetano Veloso no álbum Língua Portuguesa. Nesse mesmo ano recebeu do Ministério da Cultura de Portugal a Medalha do Mérito Cultural, homenagem merecida pelos seus mais de 40 anos de carreira. No ano seguinte recebeu da Fundação Amália Rodrigues o prêmio de melhor intérprete Feminina do ano. Em 2009 comemorou 50 anos de carreira artística. CANOA (Britinho) é a canção incluída aqui.
Mais um presente especialíssimo do Blog Cultura Cabesound!!!
Dados do Disco:
Seleção de Repertório: Wanda Regulski
Ilustração da Capa: Péricles Gomide
Supervisão Geral: Ana Maria Mazzochi
Direção: Humberto Gargiulo e Jurandir Ferreira Neto
Músicas:
Lado 1:
01- Ai Mouraria – Amália Rodrigues (Amadeu do Vale – F. Valério)
02- Verde vinho – Paulo Alexandre (Udo Jurgens – Kunze – Versão em Português: Griechischer e adaptação de Paulo Alexandre)
03- Uma casa portuguesa – Francisco José (Artur Fonseca – Reinaldo Ferreira – Vasco de Matos Siqueira)
04- Era o fado meu amigo – Roberto Leal (Manuel Marques – Antonio Rodrigues)
05- Por morrer uma andorinha – Carlos do Carmo (Francisco Viana – Frederico de Brito)
06- Mocidade Mocidade – Antonio Calvário (Nuno N. Fernandes – Carlos Coelho)
Lado 2:
01- Só nós dois – Francisco José (Joaquim Pimentel)
02- Perseguição – Amália Rodrigues (Avelino de Sousa – Carlos Maia)
03- Lisboa antiga – João Braga (Raul Ferrão – José Galhardo – A. do Vale)
04- Coimbra – Ada de Castro (Raul Ferrão – José Galhardo)
05- O cacilheiro – Carlos do Carmo (José Carlos Ary dos Santos)
06- Canoa – Maria da Fé (Britinho)
E-S-P-E-T-A-C-U-L-A-R! :-D
ResponderExcluirReencontrar essa jóia, agora em MP3, trouxe de volta os meus velhos tempos de infância, qdo minha mãe colocava esse LP dia e noite, noite e dia... esse e outras "raridades" da época! :-D
Meus irmãos tb adoraram, já mandei o link pra todos! PARABÉNS, MUITO OBRIGADO E SIGAM EM FRENTE! :-)
Duda,
ExcluirAcabei de encontrar este excelente blog e lendo seu comentário "Reencontrar essa jóia, agora em MP3...", fiquei curioso. Pesquisando na internet, não encontrei um relançamento desta obra em CD. Como vc. mencionou MP3, gostaria de saber se existe a "Adega da Alfama" em MP3 para venda, ou temos que garimpar cada uma das músicas, em MP3, em locais distintos.
Meu e-mail: r.b.s@globo.com
Obrigado,
Roberto B. Souza
p link nao esta ativo sera possivel ele viver????Portugal Luis Gomes
ResponderExcluirAmigo Luis Gomes, obrigado pela visita. Já estou providenciando a reativação do link ADEGA DE ALFAMA. Forte abraço!!!
ExcluirLink reativado!
Excluir